Continuação…

Colaboração e articulação levadas a cabo de modo mais ou menos formalizado, preservadas sempre as fronteira das diferentes áreas de intervenção, no respeito das instituições, mas sobretudo tendo em vista a defesa dos direitos fundamentais das crianças com a agilização de procedimentos e o conhecimento mais aprofundado das situações. Partimos sempre da necessidade de intervenção articulada entre diferentes áreas do saber e entre os técnicos que intervêm nessas áreas, com respeito pela autonomia própria de cada um.

Sem essa intervenção articulada, a punição do agressor por si só nem seria reparadora para a criança. A intervenção articulada tem também em vista que a criança não seja repetidamente ouvida por todos os intervenientes no processo de modo a que não seja “castigada” por quem tem dever de a proteger. Há que lançar mão de todos os mecanismos que obstem a essa múltipla vitimização.

E se há que manter a separação das diferentes áreas de intervenção, por exemplo entre a intervenção judiciária e a intervenção terapêutica, essas diferenças não podem, em nosso entender, servir interesses alheios à defesa do interesse público e, em concreto, à defesa dos interesses das crianças.

A atitude de abertura e apoio que sempre encontrei na Associação Chão dos Meninos e que aqui se pretende reconhecer e louvar, é a atitude norteada pelo serviço público, ao serviço das crianças, das suas famílias e da comunidade. Assim procedendo, tem sabido a Associação Chão dos Meninos manter um espírito aberto, de pesquisa, de procura de novas soluções, de diálogo, de colaboração com outras instituições, com outras áreas de intervenção.

Bem Hajam!

Aurora Rodrigues